Brasília foi palco, nesta sexta-feira (29), do I Seminário Internacional da Construção Nacional do Hip-Hop, evento que reuniu artistas, ativistas, parlamentares e autoridades para discutir o papel do movimento como agente de transformação social e econômica. Realizado no auditório da Petrobras, na Asa Norte, o encontro se estende até sábado (30) com debates, apresentações culturais e a formulação de políticas públicas voltadas à valorização da cultura Hip-Hop.
A mesa de abertura contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, que destacou os esforços do governo na reconstrução das políticas culturais, incluindo a criação de editais e Comitês de Cultura. “Estamos buscando fazer as entregas da melhor forma possível porque é o mínimo que pode ser feito por um setor tão forte e que gera tanta colaboração para o Brasil”, afirmou.
Participaram também a secretária de Cidadania e Diversidade do Ministério da Cultura, Márcia Rollemberg; o deputado distrital Max Maciel (PSOL); a assessora especial dos Correios, Vilma Reis; representantes do movimento Construção Nacional Hip-Hop, Rafa Rafuagi e Claudia Maciel; a professora Elen de Souza (Unifesp); e a representante da Petrobras, Vânia Mota.
Márcia Rollemberg enfatizou o papel do Hip-Hop como símbolo de resistência e transformação social. “O Hip-Hop é uma cultura viva que salva vidas, nos salva, salva o Brasil”, declarou. Já Max Maciel ressaltou a relevância do seminário como espaço de fortalecimento do movimento. “Esse seminário é uma oportunidade para reafirmar o poder que o Hip-Hop tem no país”, afirmou.
Rafa Rafuagi chamou atenção para a importância da união dentro do movimento. “Sem respeito e debate, não há consenso, e o movimento precisa de consenso para continuar vivo e forte”, declarou. Ele destacou ainda o papel do Hip-Hop como ferramenta de superação em comunidades periféricas marcadas pela vulnerabilidade social.
Além dos diálogos sobre o impacto do Hip-Hop na construção de uma sociedade mais inclusiva, o evento celebra datas importantes como o Dia Mundial do Hip-Hop (12 de novembro) e o Mês da Consciência Negra (20 de novembro). Grupos como Atitude Feminina e Viela 17 realizam apresentações gratuitas que reforçam a força cultural do movimento.
O seminário, parte da Campanha Cultura Negra Vive, é promovido pelo Ministério da Cultura em parceria com a Universidade Federal de São Paulo e o movimento Construção Nacional da Cultura Hip-Hop. O patrocínio é dos Correios e do Governo Federal, com apoio de órgãos como o Ministério da Igualdade Racial e a Fundação Cultural Palmares.
No sábado (30), o foco das discussões será a implementação de políticas públicas específicas para o movimento, com mesas como “Mulherismo Afrikana e Políticas Públicas para Homens Negros” e “Cultura de Base Comunitária como Ferramenta de Transformação Social”.O encerramento será marcado por uma apresentação do grupo Viela 17.
Serviço:
I Seminário Internacional da Construção Nacional do Hip-Hop
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