Um dos festivais mais esperados e diversos da cidade vai ocupar o teatro da CAIXA Cultural, em Brasília, no último final de semana de abril. A sexta edição do Festival Agô - Música e Ancestralidade pede licença para anunciar encontros de diferentes gerações e seus trabalhos musicais a partir das matrizes indígenas e africanas.
Entre os dias 24 e 27 de abril, nove atrações se reúnem em shows inéditos embalados por maracás e tambores, canto e dança, memória e celebração da musicalidade indígena e das tradições afro-brasileiras.
O Festival Agô, em sua noite de abertura, traz a paraibana Cátia de França e o pernambucano Gean Ramos Pankararu. No segundo dia de festival, na sexta-feira (25), sobem ao palco o grupo pernambucano Edún Àrá Sangô, o nigeriano Ìdòwú Akínrúlí e o moçambicano Otis Selimane. No sábado (26), o encontro fica por conta do Ponto BR e (MA, SP, PE) e o Povo Fulni-ô (DF/PE) lançando o álbum Khletxaká, resultado de uma residência artística dos dois grupos.
A noite de encerramento, no domingo (27), também promete ser histórica. O multiartista mineiro Sérgio Pererê se apresenta com a participação de duas cantoras do povo indígena Kariri Xocó, Heloísa Tukue e Islayne.
“O Festival Agô apresenta a rica produção de artistas que constroem a trama musical do Brasil. Uma produção elaborada, vinda de comunidades e aldeias, que reverbera cotidianos cheios de beleza e transforma em perspicazes versos e melodias suas lutas pela garantia de direitos básicos", destaca Tâmara Jacinto, diretora do festival e da Onã Produções, realizadora do evento.
Vivência
Além dos shows, a programação do Festival Agô também conta com giras de conversa e uma vivência de canto com o povo indígena Fulni-ô. No show de sábado (26), os Fulni-ô e o grupo Ponto BR lançam o álbum Khletxhaka, com nove canções compostas por esse encontro.
“Khletxhaka” significa “cantar” em yaathe, língua falada pelo povo indígena Fulni-ô. O lançamento do álbum é uma celebração do encontro com os músicos do grupo Ponto BR, que teve um primeiro momento no palco do Festival Agô de 2023 e culminou em uma residência artística inédita dos dois grupos no ano passado.
O Festival Agô é uma realização da Onã Produções, com patrocínio da Caixa Cultura e do Governo Federal.
Ingressos à venda no local e no site www.bilheteriacultural.com.br , a partir do dia 17 de abril, quinta-feira.
Bilhete: R$ 15 meia e R$ 30 inteira
Instagram: https://www.instagram.com/agoancestralidade/
Programação apresentações
Dia 24 (quinta-feira)
20h: Cátia de França (PB) e Gean Ramos Pankararu (PE)
Dia 25 (sexta-feira)
20h: Edún Àrá Sangô (PE), Ìdòwú Akinruli (Nigéria) e Otis Selimane (Moçambique)
Dia 26 (sábado)
10h: Vivência de canto com o povo indígena fulni-ô
20h Ponto BR (MA, SP, PE) e Povo Fulni-ô (DF/PE) - Espetáculo Khletxaká
Dia 27 (domingo)19h: Sérgio Pererê (MG) e Cantos de Rojões Kariri Xocó com Heloísa Tukue e Islayne (AL)
Local: CAIXA Cultural Brasília - SBS - Quadra 4 - Lotes 3 e 4.
Classificação Indicativa: Livre
Programação Giras de conversa
- Gira de conversa Música, território do saber
Quinta-feira - 24/04
Horário: 18h30 às 19h45
Local: Sala Gente Arteira - CAIXA Cultural Brasília
A música é uma ciência de preservação de identidade, valores, espiritualidade e resistência de diversos povos. Nessa gira de conversa vamos refletir sobre como os conhecimentos ancestrais se expressam nas produções artísticas atuais.
Convidadas e convidados: Ìdòwú Akinruli, Otis Selimane, Negra Dany, Fitxya Fulni-ô e Mestra Fernanda.
Mediação: Geovana Jardim - produtora cultural, idealizadora do Festival de Cultura Popular Vozes de Mestres.
-Gira de conversa Desafios e Limitações: O Acesso às Políticas Públicas pelos Povos e Comunidades Tradicionais
Sexta-feira - 25/04
Horário: 18h30 às 19h45
Local: Sala Gente Arteira - CAIXA Cultural Brasília
Objetivo é discutir os desafios e limitações enfrentados pelos povos e comunidades tradicionais no acesso às políticas públicas, destacando as barreiras institucionais, sociais e econômicas que impedem a efetiva implementação dessas políticas.
Convidadas e convidados: Gean Ramos Pankararu, Fabiano Santos (Afoxé Alafin Oyó), Ailton Velez, Fetxawewe Tapuya Guajajara e representantes do Poder Público (Minc e GDF).
Mediação: Geovana Jardim - produtora cultural, idealizadora do Festival de Cultura Popular Vozes de Mestres.
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