Brasília Cultura

Projeto inédito Cria Corpo propõe mergulho no processo criativo por meio de residências artísticas no DF

As atividades são gratuitas e abertas a interessados com ou sem formação em artes

21/04/2025 às 11h00 Atualizada em 21/04/2025 às 14h57

Por: Tércia Diniz Fonte: ECD Comunicação

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Com foco na experimentação, na troca de saberes e no encontro entre diferentes experiências corporais, o projeto Cria Corpo promove cinco residências artísticas entre maio e julho de 2025, no Distrito Federal. Voltado para pessoas interessadas em dança, performance, teatro e práticas corporais em geral, o projeto busca valorizar o processo artístico mais do que o produto final. As atividades são gratuitas e abertas a interessados com ou sem formação em artes.

A primeira residência será conduzida por Vitor Hamamoto, com inscrições abertas de 20 a 26 de abril, e acontecerá no SESC Taguatinga Norte. As demais serão facilitadas por Márcia Duarte, Aline Sugai, Ava Scherdien (uma das idealizadoras do projeto) e Marcelo Evelin, com assistência de Bruno Moreno, ao longo de maio, junho e julho. Cada residência tem duração de 8 a 10 dias e encerra com uma mostra aberta ao público, apresentando os caminhos trilhados ao longo dos encontros.

“A ideia do projeto surge da vontade de criar um espaço no DF em que o foco esteja no processo, na experimentação, na brincadeira e na troca entre pessoas diversas – com ou sem trajetória acadêmica, com ou sem experiência formal com o corpo”, explica a arte-educadora Ava Scherdien, uma das idealizadoras do Cria Corpo. “A gente acredita que o corpo é lugar de aprendizagem constante, e não só um instrumento para entregar um espetáculo pronto.”

Cada oficina tem um link de inscrição específico, com número de vagas que variam conforme a proposta do facilitador. As aulas são presenciais, majoritariamente no SESC Taguatinga Norte, mas o projeto, financiado pelo Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC), planeja a ocupação de outros espaços culturais do DF.

Para Malu Neves, também idealizadora do Cria Corpo, o projeto surge como alternativa a um modelo de formação artística muitas vezes fechado e homogêneo: “Os festivais que a gente vê no DF normalmente trabalham com o produto final, com obras prontas. Nosso desejo foi propor o contrário: residências que sejam espaço de investigação, de erros, de afeto, de escuta, de criação coletiva e atravessamento.”

Além da troca com artistas de diferentes origens, o Cria Corpo busca se consolidar como um espaço contínuo de formação e experimentação artística no DF. “Nosso sonho é que o projeto cresça, que vire um festival e entre na agenda cultural da cidade como um espaço de encontro, de aprendizado e de liberdade criativa”, completa Ava.