Com a chegada do outono e a queda nas temperaturas, o Distrito Federal tem registrado um aumento expressivo nos atendimentos por sintomas gripais. Apenas na primeira quinzena de maio de 2025, mais de 16 mil pessoas procuraram as unidades de saúde por causa de quadros respiratórios, representando um crescimento de quase 700% em comparação com o início do mês. Diante do avanço da gripe, o Hospital Universitário de Brasília (HUB), ligado à UnB e à Rede Ebserh, passou a oferecer a vacina contra influenza para todas as faixas etárias a partir dos seis meses, sem exigência de agendamento.
A imunização está sendo realizada na Sala de Vacinas do hospital, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h. A sala fica localizada no térreo da Unidade da Criança e do Adolescente, com acesso pela Via L2 Norte. Para receber a dose, é necessário apresentar um documento com foto, CPF e o cartão de vacinação, ou, alternativamente, mostrar o registro das vacinas no aplicativo Meu SUS Digital.
Segundo Daisy Mendonça, chefe da Unidade de Vigilância em Saúde do HUB, a decisão de eliminar a necessidade de agendamento busca ampliar o acesso da população e facilitar a cobertura vacinal. “Garantir que a maior parte da população receba o imunizante e aumente a cobertura vacinal. Não há necessidade de agendamento porque é uma sala de vacinas com atendimento diário, de segunda a sexta, horário comercial (8h às 12h e 13h30 às 17h), não havendo filas ou espera prolongada para passar pela triagem e receber a vacina.”
Daisy destaca que a gripe pode provocar complicações mais graves em pessoas com baixa imunidade, como crianças pequenas, idosos e indivíduos com doenças pré-existentes. Para esses grupos, a imunização é ainda mais essencial. “Para a população imunologicamente mais vulnerável, a vacina pode diminuir os casos de internação e agravamento como pneumonias graves.”
Desde março, quando a campanha foi iniciada com foco em grupos prioritários, mais de 272 mil doses foram aplicadas no DF. A meta agora é atingir um público ainda mais amplo. A vacina ofertada é a trivalente, que oferece proteção contra as principais variantes em circulação. “A vacina contra a gripe que está sendo aplicada no SUS (Sistema Único de Saúde) atualmente, é a trivalente, que protege contra três cepas do vírus influenza: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B.”
No HUB, a adesão à vacinação tem sido considerada satisfatória. “Temos bastante procura tanto de pacientes que acessam o HUB para consultas, como acompanhantes, profissionais do HUB, estudantes e professores da UnB, e público em geral. Considero que uma boa adesão da população.”
Mesmo com a alta demanda, ainda não é possível prever por quanto tempo a campanha seguirá ativa. A continuidade depende da quantidade de doses repassadas pela Secretaria de Saúde e do interesse da população. “Não há essa previsão, no momento. Vai depender da procura, da população, pela vacina”, pontua Daisy.
Para quem não puder se vacinar no HUB, há outras opções disponíveis. “Deve procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou postos de saúde mais próxima de sua casa/residência, para garantir sua imunização”, orienta.
A campanha reforça o compromisso do hospital com a prevenção e a promoção da saúde pública. Além de prestar atendimento pelo SUS, o HUB também cumpre papel fundamental na formação de profissionais e no apoio à pesquisa em saúde.
O aumento dos casos gripais no DF mostra a importância da vacina como ferramenta de proteção individual e coletiva. A ampliação da oferta a toda a população é considerada uma estratégia essencial para conter a disseminação do vírus, aliviar os serviços de saúde e proteger os mais vulneráveis.
Com o avanço da vacinação, a expectativa é reduzir o número de internações por complicações da gripe e evitar sobrecarga nos hospitais durante o período de maior circulação do vírus.
A vacina contra a influenza é segura, eficaz e considerada uma das medidas mais relevantes para prevenir casos graves e mortes relacionadas à doença.
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